VÍDEOS

Visite o Mafagafolândia no YouTube

FACEBOOK

Curta a página do FaceBook e fique por dentro de todas as atualizações!

SKOOB

Me adicione no Skoob a rede social de leitores ;)

FILMES

Blog irmão do Mafagafolândia com resenhas de filmes e muitas PROMOÇÕES

terça-feira, 30 de abril de 2013

Impressões de leitura: O rei do Inverno - Bernard Cornwell



Livro: O rei do inverno ( As crônicas de Arthur vol. I )
Autor: Bernard Cornwell - 1944, Inglaterra.
Editora: Record , 544 págs.





  O que faz de um homem, homem? É uma das perguntas que me veio a mente durante a leitura de O Rei do Inverno. Esse romance histórico tenta acomodar  fato e mito dentro de pouco mais de quinhentas páginas e responder essa pergunta.

  A história de Arthur já foi vista de aspectos muito diferentes e são os diversos autores que pouco a pouco vão transformando um mito em lenda. Cornwell não foge dessa mitificação, mas escolhe um caminho totalmente centrado na realidade.

Nimue e Merlin
  A decisão de colocar o leitor nos olhos de um personagem "secundário" ( por não ser o próprio Arthur ) traz um distanciamento do personagem principal da crônica, mas serve para demonstrar genialmente o fato de que Arthur será sempre um mito, contado da boca de um outro alguém, um alguém que nunca poderia de fato conhecer o personagem por completo, alguém que se torna um novo autor.

  Cornwell possui um estilo muito direto e descritivo como uma narração detalhada de um cenário, esse estilo não acrescenta muitas surpresas ou lirismo mas ajuda a situar o leitor no ambiente. Essa escrita se alia a narração de diversas batalhas com explicações sobre as formações de ataque e estratégias. 

Merlin e Arthur
  Apesar de riscar o fator fantástico de seu livro o autor ainda consegue satisfazer o gosto pelo mistico dos leitores com a motivação religiosa por trás dos fatos, a vida dos guerreiros está entrelaçada a fundo com um druida, um feiticeiro ou uma sacerdotisa. Essa representação das religiões antigas é parte vital na história e recebe tratamento digno, rituais e superstições são ricos.

 Existe um certo arrastamento de algumas das histórias individuais, enredos que poderiam ter sido enxugados chegando ao seu clímax mai rapidamente e diminuindo o tamanho geral do volume. Repetições muito constantes de termos e expressões também poderiam ter os mesmos cortes. 

   Diversos personagens conhecidos das lendas estão no livro: Mordred, Guinevere, Lancelot, Merlin, Nimue, Uther. Suas vidas a serviço da história que Bernard Cornwell quer contar.

  A leitura não é feita para gerar reflexões e sim para apreciar a questão de criação da história com os fatores de um passado real, as várias horas investidas trazem uma quantidade grande de novos fatos e informações.

Olha que simpático o autor! 
















sexta-feira, 19 de abril de 2013

Interlúdio - Exposição de vasos Chineses na Paulista



Enquanto vou passando por alguns problemas técnicos com o vlog vou postando aqui. 


Encontrei essa exposição por acidente na Av. Paulista outro dia, e por acidente eu quero dizer "quando eu estava andando na direção errada para chegar a um lugar que tinha visitado no dia anterior".
              



Eu não intendo da história da arte Chinesa, mas alguns desses vasos eram muito bonitos.




A vontade era de levar alguns para casa! Mas teria de trabalhar alguns meses exclusivamente para isso, rs. 

As cores mais vibrantes me chamaram mais a atenção.




Também as estatuas e um quadro.


A exposição fica até o final desse mês, em um cantinho escondido da avenida, não lembro a localização exata mas é antes do número 900 com certeza.


Abraços ;)













sábado, 13 de abril de 2013

Impressões: Realidades Adaptadas - Philip K. Dick

Livro: Realidades Adaptadas
Autor: Philip K. Dick
Editora: Aleph 2012 ( 303 páginas )





   Quais são as várias realidades pelas quais podemos passar? Qual dessas situações nos  mostram como humanos? Ou ainda, quais delas nos tornam humanos ? E somos realmente humanos afinal de contas?

   Que tal se aventurar no mundo de sua própria memória? Brincar com suas dúvidas e certezas sobre o passado? "Lembramos para você a preço de atacado" é um lema atrativo mas como o autor nos mostra, algumas lembranças foram enterradas por razão muito boas.

   Talvez então um assunto mais profundo? Se não quiser questionar a suas frágeis memorias que tal questionar o próximo? Ah sim, é muito mais fácil apontar dedos, sucumbir a paranoia. Podemos ser enganados muito facilmente, e esses enganos podem custar muito caro. A dificuldade de distinguir o humano do fac-símile levou Philip K. Dick a criar "A segunda variedade", título que pode ser aplicado a diferentes conceitos.

 Mas vamos retornar a atenção de volta a nós mesmo...depois de duvidar de nossas memorias e da humanidade dos outros o próximo passo lógico é duvidarmos de nossa própria humanidade, lendo esse texto, consegue me garantir que você é você ? "O impostor" pode estar a espreita.

    
Agora que colocamos sua existência em xeque vamos começar os processos legais, correto? É claro, não temos provas para a acusação tanto quanto você não tem as de absolvição...mas vamos ordenar uma prisão mesmo assim. Não é mais seguro ser prevenido? Não é mais justo cortar o mal pela raiz, antes que se propague? Em que relatório vamos confiar, no majoritário tao fácil de acatar ou no "Relatório Minoritário" e incerto?

   "O Pagamento" de um serviço bem prestado pela simples ilusão de um prêmio maior.Algumas vezes a prova de sua inocência está nos fatos que parecem irrelevantes, em objetos insignificantes. A verdade é que quando estamos sendo perseguidos só podemos contar com nós mesmo e nossa astucia, nossa visão de futuro. Algumas vezes, para escapar de uma enrascada é melhor trocar

   Mas do que adianta tudo isso? A verdade é que somos frágeis, pequenos e superáveis. Não existe desconfiança ou tecnologia que nos salve de nosso próprio futuro. Tentar pegar as rédias do destino é  negar nossa própria mortalidade, a mortalidade de nossa raça. Estamos fadados a adorar novamente "O Homem Dourado" que cultuávamos antigamente.   

   No final nos submetemos ao destino, ao superior, seguimos nossas vidas enquanto uma "Equipe de Ajuste" molda nossos caminhos para nós, com sorte conseguimos vislumbrar através dos moldes da realidade para voltamos ao começo para duvidar de você, de mim, de todos.

    Essas foram exatamente as sensações que tive ao ler os contos dessa coletânea inédita de um dos mestres da ficção-científica. A dúvida, sempre a dúvida. 

      





PHILIP KINDRED DICK (1928 - 1982 )







quinta-feira, 4 de abril de 2013

Discussão: A outra volta do parafuso



Tópico para discussão dos temas do livro, contem SPOILERS

Leia a resenha aqui: Impressões 


Clique em "Mais Informações >>" para ler


Impressões: A Outra volta do Parafuso - Henry James




Livro: A Outra Volta do Parafuso ( The Turn of The Screw - 1989 ) 
Autor: Henry James 
Edições: http://www.skoob.com.br/livro/112773-outra-volta-do-parafuso








   Sutileza é uma arte do passado. A proeza de aterrorizar as pessoas, de colocar emoções a flor da pele e de mante-las querendo mais disso apenas com o poder de sua proza é um feito para poucos. É verdade que uma obra como A outra volta do parafuso causa medo real na época em que foi publicada, mas depois dessa leitura posso afirmar que o livro ainda tem o poder provocar o suspense no leitor, em algum ponto sua imaginação toma conta do seu lado mais racional, é ai que Henry James se instala para contar uma boa história de fantasmas. 

   Nesse livro vamos conhecer a luta de uma mulher muito jovem, mas determinada, uma mulher lutando contra forças que desconhecemos, e isso é verdade para qualquer interpretação que você tire da história. A personagem principal demonstra garra para tentar proteger as crianças sob sua guarda de influencias que querem tomar conta delas, de sua pureza e de suas vidas. 


   Não espere pular da cadeira com surpresas e imagens horrorosas ou com outras formulas conhecidas, o tratamento do assunto na mão do autor é sutil. Toda a ação vai se passar dentro de nossas cabeças e da mente da governanta, tudo isso orquestrado para gerar dúvidas constantes e fazer com que nós mesmos criemos o suspense, maquinando as ações de antagonistas calmos e silenciosos.

   Enquanto a linguagem diferente e estilo de escrita podem ser um empecilho no começo, vale muito a pena chegar até o terço final do livro, onde o texto intricado vai dando lugar a diálogos intrigantes mas que não esclarecem de maneira direta nenhum dos mistérios levantados. 

   Para conhecer o enredo melhor e mais da minha opinião sobre o livro veja o vídeo ai em cima.