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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Impressões: Como me tornei estúpido Martin Page

Para o desafio literário de 2013

Mês de fevereiro:  livros que nos façam rir : D



Título: Como me tornei estúpido / Original: Comment je suis devenu stupide
Autor: Martin Page ( França ) 
Editora: Rocco, 2005. 185 páginas










Nesse livro super curto acompanhamos a jornada de Antonie, jovem intelectual de 25 anos, na sua descendência a estupidez. 



Cansado dos estigmas e isolamento sociais, de toda a infelicidade e melancolia que sente por pensar de mais, e por analisar tudo, o protagonista decide que a melhor maneira de acabar com esses sentimentos de angústia é deixar de se importar, deixar de pensar, ou seja se tornar estúpido.


Martin Page utiliza seu personagem para nos mostrar o caminho mais fácil que podemos tomar. É comum dizer que quanto mais inteligentes, mais infelizes nos tornamos; esse livro analisa o outro lado da questão.

Será que estupidez é realmente melhor? A banalização do pensamento vale a pena?

Com um humor sarcástico o autor coloca esse ponto de vista a prova e cria diversas situações inusitadas para Antonie, que servem para rir ( um humor sempre inteligente ) e para chocar.

Recomendo o livro para: pensar e rir levemente durante as viagens de ida e volta do trabalho e escola/faculdade que são exatamente os momentos em que pensamos sobre os pontos que o livro aborda. 

A edição da Rocco é bonita e tem o tamanho de um livro de bolso, leve e prático para levar a qualquer lugar com material de qualidade. O preço do livro até a data do post começa em R$15,00 nas lojas virtuais. 

~

A capa do muito bonita: 







O Autor: 





quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Discussão: Laranja Mecânica ( Fórum Entre Pontos E Vírgulas )




Vídeo de hoje especial para o Fórum da Denise http://entrepontosevirgulasforum.blogspot.com.br/2013/02/livro-4-laranja-mecanica-anthony-burgess.html


Os vídeos contém espolier então cuidado, mas no começo eu fiz apenas as impressões de leitura de sempre para todos poderem aproveitar!

Abraços

Lembremm-se dde curtir a página no Facebook: http://www.facebook.com/mafagafolandia

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Discussão : Morte Súbita / The Casual Vacancy - SPOILERS


Esse é um tópico para discussão do livro, que contém spoilers do enredo completo!


Clique em "Mais Informações >>" para ler


Impressões: Morte Súbita / The casual Vacancy - J. K. Rowling




A história:

No novo romance da autora vamos acompanhar a vida cotidiana e os acontecimentos na cidadezinha de Pagford após a morte de Barry Fairbrother. Barry fazia parte do conselho da cidade e sua morte deixa um vaga nesse conselho, começa então na cidade um duelo (nem sempre silencioso) para preencher a vaga.

A autora utiliza a morte do personagem como o estopim para discussão do tema do livro. O conselho paroquial, a cidade e seus habitantes estão divididos em dois polos, os que gostariam de ver a porção da cidade vizinha de Yarville, que é chamada de “Filds”, ser entregue novamente a jurisdição de Yarville; e os que defendem que Pagford deve continuar responsável por aquela extensão e seus custos. Na mesma disputa está em pauta o destino da clinica para reabilitação de drogados ( que aluga um prédio administrado pelo conselho de Pagford) frequentativa principalmente pela população dos Fileds.

O “Fields” é um área subsidia pelo governo, com casas de construção popular, onde se concentram todos os moradores pobres da região, e podemos comparar a situação do local com as favelas Brasileiras, apesar da infraestrutura diferente o desenvolvimento social é o mesmo, com proliferação do tráfico de drogas e vandalismo.

Para as famílias conservadoras da cidade próspera de Pagford não existe razão para sustentar vagabundos e drogados que “nunca trabalharam um dia de suas vidas”, mas para habitantes como Barry Fairbrother, que cresceu no Fields, a a ministração de Pagford é essencial para mudar a vida de habitantes que, como ele, só tem a chance de crescer na vida por causa das vantagens oferecidas por Pagford.



Todo o enredo do livro segue as vidas de diversos núcleos familiares interligados, são MUITOS personagens e o começo do livro é dedicado a apresentar e descrever cada um deles ( o começo da leitura é um pouco arrastado por causa disso ) e esse é um ponto da escrita muito característico da escritora, a maneira como ela consegue dar vida a cada um dos personagens com sua descrição de pequenos fatos e da maneira como eles se vestem, você reconhece cada um deles facilmente.

“...Ela era uma mulher baixa e robusta com a cara larga e singela, que cortava o próprio cabelo cada dia mais grisalho – a franja por vezes um pouco torta – usava roupas de tecidos caseiros, de variedade artesanal e gostava de adornos feitos de sementes e madeira. A saia de hoje pode ter sido feita de serapilheira, que ela combinou com um grosso cardigã verde ervilha. Tessa quase nunca se olhava em espelhos longos, e boicotava lojas onde isso era inevitável” [ Pág 41 - Tradução Livre]        

Eu senti em todos os pontos da história e que fica muito claro a posição politica da Rowlling, e isso é claro nos personagens que são caricatos, apesar de todos lutarem com os próprios dramas e nenhum ser considerado santo, os “vilões” da história tem atitudes e características físicas que me fizeram sentir um desprezo grande por eles.

Mesmo os habitantes que lutam pela causa “justa” não são perfeitos e tem suas razões particulares, mas a construção deles me levou a sentir pena ou gostar deles, a ver a posição deles mais de maneira mais favorável.

Os adolescente da trama são definitivamente os mais cativantes, os que mudam mais, eles sim eu pude entender mais claramente, ou perdoar em certos pontos.

Depois do primeiro terço do livro é que a história engrena de verdade e eu senti vontade de continuar acompanhando o que acontecia em cada uma das casas, e cada personagem diferente que representa um problema social diferente, que serve para desmitificar o convívio aparentemente perfeito e superior da cidade de classe media e alta, para aproximar essas pessoas das menos sortudas que vivem no Fields.

Chega a um ponto no livro que eu marquei quando eu senti que literalmente todos os personagens estavam escolhendo fazer a própria vida miserável. Deixou um gosto comigo de desespero mesmo.



São muitos temas pesados tratados de forma direta e alguns vezes com muitos palavrões, o que para muitas pessoas foi forçado, mas eu não tive esse sensação, pra mim ajudou a deixar os personagens mais reais.

É muita coisa acontecendo no livro, muita informação e muitos personagens, algumas você se perde um pouco nos detalhes se perde um pouco com a mudança constante no ponto de vista de personagem para personagem, mas nada que desestimule a leitura.

Eu recomendo o livro que carrega a mensagem da autora de maneira forte e bruta, com todas as qualidades na narrativa que me fizeram gostar da Rowlling na saga de Harry Potter. E por falar nessa série, acho que vale comentar que os dois livros tem muito a ver sim. Os dois são histórias boas que a autora conta para transmitir um mensagem social ao leitor, mas no caso de Harry Potter essa mensagem vem junto de uma dose de magia para aliviar a situação, em “Morte Súbita” essa mensagem vem na forma de um soco no estômago.  






sábado, 16 de fevereiro de 2013

Impressões: O Hobbit J R R Tolkien

Impressões de Leitura



 O Hobbit por J R R Tolkien

Nesse livro acompanhamos a história da primeira aventura de Bilbo um hobbit que vive pacificamente com os seus no condado. Hobbits são criaturas muito pequenas com grandes pés e que vivem em tocas no chão, mas tocas arrumadas, confortáveis e mobiliadas com um grande despensa.
A história começa quando Bilbo recebe a visita de Gandalf, o mago, que procura o descendente da família Tûk para participar de uma aventura. Bilbo apesar te memórias do mago e realmente pertencer a essa família de hobbits audaciosos, não queria saber nada sobre aventuras e perigos e sim de viver sua vida pacata e confortável dentro da toca.

Gandalf não se convence e “força” o Hobbit a conhecer um pouco mais sobre a tal aventura ao convidar 13 anões para a casa de Bilbo. Ele está sendo convidado a participar como um ladrão para o grupo de anões que está em viajem para retomar o que é deles de direito. O grande tesouro e a fortaleza da montanha solitária onde seus antepassados viviam antes da chegada de Smaug, um temível dragão que ,atraído pela grande riqueza dos anões , ataca a montanha e expulsa os anões de lá tomando o ouro e prata para si.

Bilbo inicialmente se vê aturdido com tudo aquilo mas, como descobrimos com a leitura, acaba por se juntar a expedição mesmo que “sem querer” com a promessa de 1/14 do tesouro. 

O narrador da história é onisciente mas se foca principalmente em Bilbo. Algumas vezes ele descreve o que ocorre em outro local longe do grupo principal e algumas vezes esse narrador interrompe a história por algumas linhas para fazer uma relação com outra aventura, ou com o futuro, mas volta ao texto original dizendo que é uma história para outra hora. Então esse narrador está na verdade conversando com o leitor e não apenas contando a jornada.

É um livro curto e de leitura muito rápida, ele descreve o que acontece sem muitos rodeios ou filosofias. Mas apesar de ser curto acontecem muitos eventos diferentes na história, o que acarreta uma sensação de correria na narrativa


Os personagens principais são:

 Bilbo, que muda bastante ao longo da jornada, passando do ladrão assustado e sem experiencia a um hobbit corajoso, que descobre novas coisas sobre si, apesar das mudanças no comportamento dele serem brusca.

Os treze anões, que na verdade são tratados como um único personagem, nenhum deles, com um breve exceção ao final do chefe Thorin, desenvolve uma personalidade própria e identificável, algumas vezes o escritor descreve um pouco de dois ou três deles e dá uma voz a Thorin, mas ele está sempre falando pelo grupo. Na maioria das vezes são tratados em uníssono como “os anões”, “os anões fizeram”, “os anões disseram”, sempre com a mesma opinião. Mas é um grupo engraçado.

O Mago Gandalf é o personagem mais conciso da história, e acompanha a jornada até a metade do livro , é um mago inteligente e poderoso, muito ativo em situações de aperto, tem a personalidade forte e impactante mesmo não acompanhando a história toda.


Uma gama rica de tipos e personagens secundários também são apresentados, mas nenhum ganha muito desenvolvimento.

Outro ponto forte do livro são os variados apuros em que os personagens se metem, como eu disse, são tratados apresadamente, e muitas vezes se resolvem por milagre, mas são situações que mereciam um desenvolvimento mais profundo.


O que acontece é que durante o livro todo o autor chega em um ponto que começa a crescer em tensão, aumenta e pede um resolução de acordo, que nunca vem, o que vem na história é uma resolução mágica que me deixou desanimado, meio que broxa a narrativa entende ?


Talvez a explicação esteja no fato de que Tolkein escreveu o livro para seus filhos pequenos e não pensava em publicá-lo, tem vários pontos fortes sim, tem um mensagem muito boa na história sobre amizade e ganancia, escondida sobre a aventura na terra média. Realmente por tantos acontecimentos você chega ao final com um pensamento de que leu muita coisa, um livro bem mais longo. Talvez então seja o caso de não começar a ler as histórias desse mundo por este livro, talvez começar pela saga dos Senhor dos Anéis, e se você gostar do mundo que lhe foi apresentando, complementar a leitura com O Hobbit.